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sábado, 16 de outubro de 2010

CB 1300 Super Four

cb 1300 super four

“Não tem cara de tiozão, mas acelerou meu coração”. Esse hit de um comercial de carro pode representar muito bem a Honda CB 1300 Super Four. Apresentada durante o Salão do automóvel de 2006, o modelo da marca nipônica, que tem o maior motor da linha CB, só começou a ser comercializado no Brasil em junho de 2007. Para quem tem menos de 30 anos, a sigla “CB” significa “Citzen Band” ou “faixa do cidadão”, numa alusão à sua versatilidade.
No papel, a CB 1300 pode não parece muito esportiva. Especificações como 111 cavalos de potência e 242 kg não dão a impressão de grande potência, mas sente-se em uma e ficaria surpreso com o que ela pode fazer. O modelo é o top da linha naked da Honda e, além de ser uma releitura de um clássico dos anos 70 (evolução da bem sucedida CB One), é um dos melhores exemplos das nakeds de alta cilindrada.
O modelo 2009, que testamos, tem uma diferença para os demais. A adoção do sistema de freios ABS. Desenvolvido para oferecer o máximo de segurança ao piloto, o sistema reduz a possibilidade do travamento das rodas quando o freio for acionado. Na CB 1300, o ABS trabalha de forma independente: pode ser acionado só na roda traseira, só na dianteira ou combinado se o piloto apertar o manete e pisar no pedal ao mesmo tempo. Porém, neste modelo não há o CBS (combined break system) que aciona uma das pinças dos freios dianteiros quando o condutor pisa com firmeza no freio traseiro.
E para parar essa Big Naked, na dianteira há duplo disco flutuante com 310 mm de diâmetro e cáliper de quatro pistões. Já a traseira conta com disco simples com 256 mm de diâmetro e cáliper de pistão simples. Conjunto muito eficiente.
O painel da CB contém dois hodômetros parciais, um totalizador, temperatura externa, termômetro do líquido de refrigeração, relógio e autonomia até o próximo abastecimento. Como de hábito, conta com sistema antifurto HISS.
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“Motorzão” amigável
A CB 1300 Super Four está equipada com um motor de quatro cilindros em linha, DOHC (Double Over Head Camshaft) de 1.284 cm3, que gera 111 cv de potência máxima a 7.750 rpm e torque máximo de 11,6 kgf.m a 6.000 rpm. Isso significa que o propulsor trabalha de uma forma linear, e transforma este motor enorme num “brinquedão”. Apesar de seu motor de quatro cilindros em linha, ela esbanja torque em baixa rotação. É possível sair de uma rua em declive a 40 km/h de quinta marcha sem que a moto engasgue, mas basta reduzir e o motociclista terá um comportamento esportivo.
A “CBzona” oferece respostas rápidas graças ao sistema de injeção eletrônica. Ela chega facilmente aos 160 km/h, sempre se mostrando muito estável e confortável. Ela ultrapassa os 220 km/h, mas por ser uma naked, deixa o piloto exposto ao vento, o que dificulta a permanência prolongada em alta velocidade. Porém, se conduzida em alta velocidade por muito tempo, seu motor esquenta demasiadamente, chegando a incomodar o condutor. Durante o teste, seu consumo médio na estrada ficou entorno dos 14 km/l e na cidade perto dos 11 km/l. O tanque tem capacidade para 21 litros de combustível, sendo 4,5 litros de reserva.
Estilo e visual “das antigas”
A CB 1300 manteve suspensões tradicionais, com amortecedores duplos na traseira e garfo telescópico na dianteira. Todo o conjunto é regulável tanto na pré-carga da mola quanto na velocidade de retorno. Outro quesito que difere a CB 1300 das rápidas superesportivas é o conforto. Seu guidão ajustável em duas posições proporciona uma boa ergonomia.
A arquitetura do chassi de aço tubular de berço duplo é um tanto quanto antiga, mas o que parece ser um design desatualizado, na verdade é proposital. O visual dessa CB é imediatamente impactante e tudo nela é grande. O motor, o escapamento, o banco, a lanterna traseira, os pneus.
E por ser tão bem balanceada, carrega uma das principais características das motocicletas Honda, a facilidade na condução. Todo seu peso desaparece assim que as rodas começam a se movimentar, fazendo com que a CB pareça ser uma moto da metade de seu tamanho. Isso surpreende principalmente pelo seu tamanho, 2,20 metros de comprimento. Seu grande porte chega até a assustar, mas esconde uma motocicleta dócil e fácil de ser pilotada.
Como o modelo foi descontinuado, recentemente a Honda fez uma mega promoção desse modelo, por média de R$ 34.000 (em SP). Deve ter desaparecido dos estoques, e com sorte, você talvez encontre uma por aí, nas cores preta e vermelha, preta e cinza e branca e vermelha.
FICHA TÉCNICA
MOTOR: 1.284 cm3, DOHC, 4 tempos, 4 cilindros, 4 válvulas por cilindro, arrefecimento a líquido
POTÊNCIA MÁXIMA: 111 cv a 7.750 rpm
TORQUE MÁXIMO: 11,6 kgf.m a 6.000 rpm
DIÂMETRO X CURSO: 78º x 67,2 mm
ALIMENTAÇÃO: Injeção Eletrônica PGM-FI
RELAÇÃO DE COMPRESSÃO: 9,6:1
SISTEMA DE IGNIÇÃO: CDI
BATERIA: 12V – 12 Ah (10 horas)
FAROL: 60/ 55W
SISTEMA DE PARTIDA: Elétrica
CAPACIDADE DO TANQUE: 21 litros (4,5 litros de reserva)
TRANSMISSÃO: 5 velocidades
TRANSMISSÃO FINAL: Corrente
SUSPENSÃO DIANTEIRA: Garfos telescópicos, 43 mm de diâmetro e curso de 120 mm
SUSPENSÃO TRASEIRA: Balança de alumínio com 116 mm de curso e dois amortecedores com reservatório de gás ajustáveis na compressão e no retorno, e ajuste da pré-carga da mola.
FREIO DIANTEIRO: Duplo disco flutuante de 310 mm, com cáliper de quatro pistões.
FREIO TRASEIRO: Disco simples de 256 mm, de cáliper de pistão simples.
PNEU DIANTEIRO: 120/70 – ZR17 M/C
PNEU TRASEIRO: 180/55 – ZR17 M/C
ALTURA DO ASSENTO: 790 mm
ALTURA MÍNIMA DO SOLO: 135 mm
CHASSI: Aço tubular de berço duplo
DIMENSÕES (C X L X A): 2.220 mmx 790 mm x 1.120 mm
ENTRE-EIXOS: 1.515 mm
PESO SECO: 237 kg (Standard) – 242 kg (ABS)
CORES: Preta e prata, Preta e vermelha, Branca e vermelha
PREÇO: R$ 47.000,00

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