A gigante japonesa, líder do setor de motocicletas no Brasil, trouxe o Lead 110, seu scooter mais vendido em todo mundo. Já a caçula do mercado de duas rodas, a Dafra resolveu montar no País o Smart 125, primeiro produto da parceria com a Haojue, líder do mercado chinês de motocicletas. Ambos trouxeram como grande diferencial a alimentação por injeção eletrônica de combustível. Confira quem se deu melhor na guerra da mobilidade.
Os modelos Lead e Smart têm propulsores com a mesma arquitetura simples: motor de um cilindro, comando simples no cabeçote (OHC). Mas o scooter Honda tem arrefecimento líquido, enquanto o Dafra Smart aposta na refrigeração a ar. Mas as diferenças não param por aí.
O propulsor do modelo Honda tem 108 cm³ e oferece 9,2 cv de potência máxima a 7.500 rpm e torque de 0,97 kgf.m a 6.000 rpm. Já o do Smart 125 tem capacidade e potência maiores: 124,6 cm³ e 10,3 cv a 8.000 rpm. O torque máximo é o mesmo – 0,97 kgf.m -, mas só aparecendo a 7.000 rpm.
No dia a dia fica evidente que o Smart leva vantagem na velocidade final, chagando a 90 km/h. O modelo Honda traz um limitador de velocidade, que não permite que o veículo ultrapasse 80 km/h.
Por outro lado, o Lead tem mais torque em baixas e médias rotações, o que facilita a vida do piloto principalmente no momento de arrancar na frente dos carros quando a luz verde do semáforo acende.
A velocidade maior e o torque em uma rotação mais alta no Smart 125 acabam comprometendo o consumo: a média foi de 31 km/l no modelo Dafra, enquanto o Honda Lead fez 34 km/l. Mas essa diferença não chega a atrapalhar a autonomia dos dois modelos. No scooter Honda cabem 6,5 litros, enquanto no Dafra vão 6,9 litros.
Ciclística
Na parte ciclística, propostas bastante similares. O Lead 110 é montado sobre um chassi monobloco. Na dianteira, tem garfo telescópico de 90 mm de curso e roda de 12 polegadas, enquanto na traseira, usa roda de 10 polegadas e suspensão monoamortecida, com 84 mm de curso. O peso a seco do modelo Honda é de 109 kg.
Com 110 kg e montado também sobre um chassi monobloco, o scooter da Dafra também adotou soluções tradicionais: na frente, garfo telescópico de 70 mm de curso e, na traseira, monoamortecedor com 50 mm de curso.
Os dois scooters copiam bem as imperfeições do piso, já que os conjuntos de suspensões são firmes, porém confortáveis. Claro que nas “costelas de vaca” e em obstáculos maiores, ambos chegaram a dar fim de curso. Nesse quesito, o scooter Dafra acaba levando certa desvantagem sobre o Honda, já que tem as duas rodas de 10 polegadas.
Outro ponto positivo do Lead é o sistema de freios formado por disco de 190 mm de diâmetro na frente e tambor de 130 mm atrás, além de freio de estacionamento. O conjunto merece destaque, pois traz o sistema CBS (Combined Brake System). Ou seja, ao acionar o manete do freio traseiro, o disco dianteiro também entra simultaneamente em ação, o que representa menor espaço de frenagem e mais segurança para o piloto.
Já o Dafra Smart tem freios tradicionais: disco simples de 180 mm de diâmetro na frente e tambor de 130 mm, atrás. Também garantem boas e seguras frenagens, mesmo em situações extremas, porém sem o advento do CBS. Mas, cá entre nós, o sistema da Honda é útil para iniciantes, mas chega a atrapalhar quem tem mais experiência, principalmente em manobras de baixa velocidade quando se deseja apenas frear a traseira.
Completam o conjunto ciclístico pneus sem câmara Pirelli SL 26 no Smart e pneus fabricados em Taiwan pela Cheng Shin no Lead. Nesse tópico ponto para o modelo Dafra.
Conforto e praticidade
No quesito conforto, os dois modelos estão perfeitamente de acordo com sua proposta de veiculo urbano. O piloto fica sentado, com os pés bem apoiados no assoalho e protegidos pelo escudo frontal. Assim, o condutor pilota de forma bastante ergonômica, exceção, é claro, para motociclistas com mais de 1,85m, que ficam espremidos entre guidão e banco.
Para facilitar ainda mais a vida dos pilotos, os modelos oferecem comandos de fácil acionamento. Apesar do visual bastante harmônico do painel de instrumentos do Lead, a peça desenvolvida para o Smart 125 leva vantagem na iluminação – principalmente para deslocamento noturno -, além de contar com um pequeno display de cristal líquido, que indica nível de combustível, hodômetro (parcial e total) e hora. Como diferencial, o scooter Dafra também tem lampejador de farol alto e um indicador de troca de óleo (Oil Change), que informa ao piloto a hora certa de trocar o óleo do motor.
Para estacionar, o Dafra Smart 125 traz ainda descanso lateral e cavalete central. O modelo Honda oferece apenas o cavalete central. Segundo o fabricante, por medida de segurança. Mas já é possível instalar um “pezinho” no Lead, que pode ser encontrado o mercado de motopeças por cerca de R$ 70,00.
O scooter da Honda leva vantagem sobre o Dafra em três itens quando o assunto é praticidade. Em primeiro lugar, sob o banco há espaço suficiente para acomodar dois capacetes abertos e algumas outras quinquilharias. No modelo Dafra, mal cabe um capacete aberto. No Lead o bocal do tanque de combustível fica no assoalho, enquanto que no Smart é preciso levantar o assento para abastecer. Outro diferencial é que no modelo Honda as pedaleiras retráteis oferecem mais conforto para a garupa. Os dois modelos trazem ainda “porta luvas” na parte traseira do escudo frontal, que pode ser trancado com chave, e bagageiro de série.
Para finalizar, o scooter Honda Lead 110 tem preço sugerido de R$ 6.062,00. Enquanto o Dafra Smart 125 tem preço fixado em R$ 5.660,00. Os valores sugeridos são válidos até 30 de março, data que acaba a isenção da Cofins para modelos até 150cc. Além do preço que pode pesar na hora da compra, o consumidor pode optar pela maior praticidade do scooter Honda Lead 110 ou no desempenho melhor do Dafra Smart 125.
FICHA TÉCNICA
DAFRA SMART 125
Motor: OHC, quatro tempos, monocilíndrico, refrigeração a ar
Cilindrada: 124,6 cm³
Potência máxima: 10,3 cv a 8000 rpm
Torque máximo: 0,97 kgf.m a 7000 rpm
Sistema de Combustível: Injeção Eletrônica
Partida: Elétrica e a pedal
Câmbio: Automático CVT
Quadro: Monobloco
Suspensão:
Dianteira: Garfo telescópico, com 70 mm de curso
Traseira: Monoamortecedor, com 50 mm de curso
Rodas e pneus:
Dianteiro: 3,5 – 10, de liga leve
Traseiro: 3,5 – 10, de liga leve
Freios:
Dianteiro: Disco simples de 180 mm de diâmetro
Traseiro: Tambor de 130 mm
Dimensões CxLxA: 1.986 mm x 674 mm x 1.104 mm
Entre-eixos: 1.240 mm
Distância do solo: 110 mm
Altura do assento: 740 mm
Capacidade do tanque: 6,9 litros
Peso seco: 110 kg
Cores: Preto, grafite, vinho e amarelo
Preço: R$ 5.660,00
FICHA TÉCNICA
HONDA LEAD 110
Motor: OHC, quatro tempos, monocilíndrico, duas válvulas por cilindro, arrefecido a líquido
Cilindrada: 108 cm³
Potência máxima: 9,2 cv a 7.500 rpm
Torque máximo: 0,97 kgm a 6.000 rpm
Sistema de Combustível: Injeção Eletrônica
Partida: Elétrica e a pedal
Câmbio: Automático CVT
Quadro: Monobloco
Suspensão:
Dianteira: Garfo telescópico, com 90 mm de curso
Traseira: Monoamortecedor, com 84 mm de curso
Rodas e pneus:
Dianteiro: 90/90-12 44j, 12 polegadas de liga leve
Traseiro: 100/90-10 56 j, 10 polegadas de liga leve
Freios:
Dianteiro: Disco simples de 190 mm de diâmetro
Traseiro: Tambor, de 130 mm de diâmetro
Dimensões CxLxA: 1.838 mm x 668 mm x 1.125 mm
Entre-eixos: 1.274 mm
Altura do assento: 740 mm
Capacidade do tanque: 6,5 litros
Peso seco: 109 kg
Cores: Vinho, preto, prata e dourado
Preço: R$ 6.062,00
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